Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

terça-feira, 13 de março de 2012

INCÊNDIO E DIFICULDADES DOS BOMBEIROS


Em chamas. Incêndio de grandes proporções consome seis lojas em Porto Alegre. Fogo começou por volta das 2h e atinge ferros-velhos, lancheria e lojas de autopeças na Zona Norte - ZERO HORA, 13/03/2012 | 10h16

Um incêndio de grandes proporções na zona norte de Porto Alegre consumiu seis estabelecimentos comerciais na Avenida Sertório, na madrugada desta terça-feira. O fogo, que teria começado por volta das 2h, atingiu ferros-velhos, lancheria e lojas de autopeças. Por volta de 4h15min, as chamas foram controladas pelos bombeiros. No entanto, os trabalhos de rescaldo devem durar toda a manhã.

O Corpo de Bombeiros ainda não sabe as causas e onde teriam iniciado as chamas, que alcançaram 30 metros de altura. No local, quase na esquina com a Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, o trânsito foi bloqueado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), nos dois sentidos, a partir do número 9.738. Por volta de 7h, o tráfego foi liberado na região.

Por volta das 2h45min, o fogo estava sob controle, mas as duas viaturas dos bombeiros ficaram sem água. Nesse tempo, o incêndio aumentou e seis caminhões chegaram a ser deslocados para controlar as chamas. Não houve feridos.

BOMBEIROS LÍDERES DE GREVE SÃO EXPULSOS NO RIO

Treze bombeiros envolvidos em movimento grevista são expulsos. Entre eles está o cabo Benevenuto Daciolo, um dos principais líderes do movimento. O GLOBO. 12/03/12 - 20h03

RIO - Treze bombeiros envolvidos no movimento grevista que terminou com pelo menos nove presos em fevereiro passado, foram expulsos da corporação. De acordo com a nota divulgada pelo Comando-geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), eles foram considerados 'culpados por articulação em manifestações de caráter político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da adoção de conduta incompatível com a missão de Bombeiro-militar'.

Entre os bombeiros expulsos está o cabo Benevenuto Daciolo, um dos principais líderes do movimento. Ele foi preso no mês passado, acusado de incitamento à greve e aliciamento para motim. O militar estava na Bahia, onde ocorria outro movimento grevista, e foi detido ao desembarcar no Rio de Janeiro. O bombeiro teve a prisão administrativa decretada depois da divulgação de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça que o mostravam conversando com uma deputada sobre estratégias para a realização de atos grevistas no estado.

Entre 2007 e 2010, Daciolo trabalhou na Alerj e foi do gabinete da ex-deputada estadual Beatriz Santos, do PRB, na época aliada do ex-governador e hoje deputado federal Anthony Garotinho (PR). A deputada não conseguiu se reeleger e, em fevereiro de 2011, Daciolo acabou exonerado. Semanas depois, ele foi preso por estar entre os líderes do movimento do corpo de bombeiros que ocupou o quartel central da corporação.

Em nota, o movimento de bombeiros afirma que soube pela imprensa da expulsão dos militares, e que as medidas judiciais cabíveis serão tomadas:

"O movimento sempre foi pacífico e ordeiro, pela dignidade, e sempre foi pautado pela busca por diálogo e entendimento. Lembramos que estes 13 pais de família foram presos em Bangu 1, em presídio, de forma arbitrária e ilegal, mantidos em celas de 2mx2m durante sete dias", diz trecho da nota.

segunda-feira, 12 de março de 2012

BOMBEIRO, A PROFISSÃO DE MAIOR CONFIANÇA NO MUNDO


Profissões de Maior Confiança segundo a Revista Seleções do Reader’s Digest - 2003

Profissão - Nível de Confiança (%)

1 - Bombeiros - 96%

2 - Pilotos de Aviação - 89%
3- Dentistas - 78 %
4- Professores - 77 %
5- Médicos - 75 %
6- Jornalistas - 51 %

7 - Motoristas de Táxi - 37 %
8 - Policiais - 18 %
9 - Advogados - 12 %
10 - Agentes Imobiliários - 11 %

11 - Políticos - 1 %

Fonte: Livro Ordem e Liberdade (polost 2006)

sexta-feira, 2 de março de 2012

TEMPORAL DANIFICA 300 CASAS EM TAVARES NO RS

MINUTOS DE PAVOR. Município do Sul decretará situação de emergência após chuva e vento fortes - RAFAEL DIVERIO, ZERO HORA 02/03/2012

Com pelo menos 300 casas danificadas – entre residências, prédios públicos e armazéns – a prefeitura de Tavares, no sul do Estado, deve emitir um decreto de situação de emergência hoje em razão de estragos causados pelo forte temporal que atingiu a cidade na quarta-feira à noite. A cidade é a mais afetada pela mudança climática registrada nos últimos dias. Ainda no sul do Estado, uma estrada foi parcialmente interrompida pelo desabamento de parte da pista de uma rodovia.

Segundo o Inmet, os ventos superaram os 125 km/h em Tavares. Moradores afirmam que em pouco mais de um minuto, prédios desabaram, galhos caíram e telhas voaram pelas ruas do município de pouco mais de 5 mil habitantes.

Até o final da tarde de ontem, metade da cidade estava sem energia elétrica e o abastecimento de água permanecia interrompido.

Para suprir as 2 mil telhas danificadas, a prefeitura distribuiu 800 metros lineares de lonas. Três silos de arroz também foram atingidos.

Durante a tarde de ontem, com o fim da chuva, foi possível começar a reconstrução e limpeza da cidade. Cerca de 50 pessoas estão desalojadas. As aulas estão suspensas até segunda-feira por causa do desabamento de parte do telhado de duas escolas.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deve iniciar amanhã as obras para recuperar o trecho desabado da rodovia Rio Grande-Chuí (BR-471), no extremo sul do Estado. No final da noite de quarta-feira, parte do acostamento cedeu por causa da chuva forte registrada na região. Desde quarta, a estrada está em meia pista no sentido Rio Grande-Santa Vitória do Palmar na altura do km 592.

Racionamento deve continuar em Bagé

Mesmo registrando índices altos de chuva nos últimos dias, Bagé, na Campanha, manterá racionamento de água de 12 horas em todo o município. Segundo o Departamento de Água e Esgoto (Daeb), o nível das barragens ainda é baixo, impedindo que o abastecimento seja normalizado.

Foram 136 mm de precipitações nos últimos três dias na barragem da Sanga Rasa e 112 mm na do Piraí. Mesmo assim, a primeira aponta 4m10cm abaixo do nível normal e a segunda, 1m80cm.

Estragos também na Região Central

Os temporais de ontem e quarta-feira também provocaram estragos na região central do Rio Grande do Sul. Em Santa Maria, moradores de pelo menos cinco bairros enfrentaram transtornos em razão da chuva.

O temporal que caiu por volta das 7h de ontem alagou trechos de avenidas como Ângelo Bolson e Medianeira. Na Rua Floriano Peixoto, perto da Antiga Reitoria, a enxurrada derrubou o portão da garagem de um prédio residencial. Na Vila Oliveira, várias ruas sofreram alagamentos. Na Rua Guia Lopes, uma família ficou ilhada depois que a rua inundou.

A Defesa Civil de Santa Maria fez ao menos seis atendimentos relacionados a casas destelhadas, ainda ontem. Segundo o agente Peterson Passamani, o órgão distribuiu 80 metros de lona nos bairros Urlândia e Camobi.

– Os outros casos tinham a ver com alagamentos – acrescenta Passamani.

Em São Sepé, entre quarta e ontem, choveu 52mm. O temporal que passou pela cidade destelhou prédios e casas (foto acima).

Em São Gabriel, uma chuva acompanhada de ventos fortes derrubou três casas e destelhou 14 no Assentamento Caiboaté, na tarde de quarta-feira. Ninguém se feriu.

DESPREPARO PARA EMERGÊNCIAS

EDITORIAL ZERO HORA 02/03/2012


O temporal anunciado com mais de um dia de antecedência pelos serviços de meteorologia provocou estragos generalizados no Estado, com prejuízos no fornecimento de energia elétrica particularmente em unidades de Porto Alegre e de cidades da Região Metropolitana. O que chama a atenção, no caso, é tanto a falta de previsibilidade dos responsáveis pelo fornecimento de serviços essenciais quanto a precariedade do atendimento a usuários nessas situações e a demora na reparação dos danos. Os problemas não são recentes e se repetem de forma crônica, mas nem por isso devem ser admitidos como inevitáveis.

No caso específico da tempestade do final tarde de quarta-feira, houve uma combinação de vento e chuva intensos, com forte potencial destruidor, com o registro inclusive de uma morte. Como a instabilidade foi previamente anunciada, porém, o dever do poder público e das empresas prestadoras de serviços habitual- mente afetados por intempéries era pôr em prática ações preventivas capazes de evitar ou minimizar os transtornos mais comuns. Se nem todas as iniciativas puderam ser tomadas no devido tempo ou não foram capazes de assegurar os resultados esperados, o mínimo a que o consumidor tem direito é de contar com explicações convincentes e um horizonte claro sobre as perspectivas de restabelecimento dos serviços.

Particularmente no caso da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), responsável pelo abastecimento de uma região densamente habitada como a Grande Porto Alegre, faltaram cuidados mínimos tanto antes quanto depois do vendaval. O alerta vale também para outros órgãos de âmbito estadual e municipal, responsáveis por questões que vão desde os riscos oferecidos por painéis de rua até a prevenção de alagamentos e a reparação de buracos no asfalto.

O Estado e Porto Alegre em particular têm o dever de reduzir o grau de vulnerabilidade do fornecimento de serviços essenciais e de garantir mais eficiência no enfrentamento de problemas.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Quando estive nos EUA, tive a oportunidade de conhecer as instalações policiais e de bombeiros. Na oportunidade, chamou a atenção de aparelhos de tv estarem instaladas nos hall de entrada, nos refeitórios e salas de controle operacional e ligadas apenas no CANAL DO TEMPO. Não tive dúvidas e perguntei o porquê. Eles responderam que aquilo era um meio de prevenir as calamidades, congestionamentos e confusões no trânsito, atuando de forma antecipada e preventivamente nos locais onde poderiam ocorrer os problemas. Enquanto isto, no Brasil, os aparelhos de tv existentes nas polícias e nos bombeiros estão sintonizadas em futebol e novela.