O SUL Porto Alegre, Quinta-feira, 20 de Março de 2014.
WANDERLEY SOARES
Bombeiros poderão discutir a separação da Brigada sem o risco de punições
A chamada separação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, prevista na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) assinada, terça-feira última, pelo governador Tarso Genro no Palácio Piratini, sabem todos os especialistas envolvidos no episódio, marcou um ato nada mais do que político e psicológico. Político porque livra o Piratini do assédio dos separatistas, que se constituem na maioria dos bombeiros, e que, por ora, agradecem a iniciativa do governo. É psicológico por levar para o imaginário da sociedade a ideia de que, em breve, teremos um Corpo de Bombeiros em padrão Fifa. Como sempre defendi a separação a partir da constatação máxima de que "bombeiro não é policial", entendo que a PEC tem como virtude maior a abertura ampla do debate da separação, mas sem nenhuma garantia de que ela ocorra. É importante a PEC porque, antes, o bombeiro que falasse em separação da Brigada estava sujeito a punições imperiais pelo regime da caserna. Agora, a proposta de divórcio está assinada pelo governo, mas que ninguém se engane, o processo será longo e litigioso. Sigam-me
Urgência
Na Assembleia Legislativa, para onde foi encaminhada a PEC, sua tramitação real somente deverá ocorrer a partir da próxima legislatura. Trata-se de um tema por demais complexo para ser levado com urgência no ano da Copa e das eleições. Mesmo na hipótese da reeleição de Tarso, o divórcio motivará outras discussões, pois a sua aplicação resultará em aumento pesadíssimo nos gastos públicos, o que fará com que as decisões escorreguem bem mais além do que o ano de 2016, que está na projeção atual do Piratini. Tarso não consegue compor o efetivo da Brigada hoje e, com a separação, deverá compor dois efetivos. Politicamente, no entanto, nesse campo, em grande parte, o Piratini conseguiu o que pretendia. Em minha torre, abri contagem regressiva até 2016.
Futuros coronéis
No próximo pacote de promoções na Brigada Militar estão listados, segundo observadores de minha torre, como preferenciais para serem elevados a coronéis, por merecimento, os tenentes-coronéis Rogério da Silva Alberche, Leonel da Silva Bueno, José Carlos Albino, Janete Consuelo Ferreira, Leandro Santini Santiago, Luiz Henrique de Oliveira, Andreis Sílvio Dal Lago e Ronaldo Buss. Por antiguidade, estão mais cotados Moises da Silva Fuchs e Elizeu Antônio Vedana. As indicações ainda deverão passar pelo crivo de Tarso Genro e podem sofrer algumas transversalidades.
WANDERLEY SOARES
Bombeiros poderão discutir a separação da Brigada sem o risco de punições
A chamada separação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, prevista na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) assinada, terça-feira última, pelo governador Tarso Genro no Palácio Piratini, sabem todos os especialistas envolvidos no episódio, marcou um ato nada mais do que político e psicológico. Político porque livra o Piratini do assédio dos separatistas, que se constituem na maioria dos bombeiros, e que, por ora, agradecem a iniciativa do governo. É psicológico por levar para o imaginário da sociedade a ideia de que, em breve, teremos um Corpo de Bombeiros em padrão Fifa. Como sempre defendi a separação a partir da constatação máxima de que "bombeiro não é policial", entendo que a PEC tem como virtude maior a abertura ampla do debate da separação, mas sem nenhuma garantia de que ela ocorra. É importante a PEC porque, antes, o bombeiro que falasse em separação da Brigada estava sujeito a punições imperiais pelo regime da caserna. Agora, a proposta de divórcio está assinada pelo governo, mas que ninguém se engane, o processo será longo e litigioso. Sigam-me
Urgência
Na Assembleia Legislativa, para onde foi encaminhada a PEC, sua tramitação real somente deverá ocorrer a partir da próxima legislatura. Trata-se de um tema por demais complexo para ser levado com urgência no ano da Copa e das eleições. Mesmo na hipótese da reeleição de Tarso, o divórcio motivará outras discussões, pois a sua aplicação resultará em aumento pesadíssimo nos gastos públicos, o que fará com que as decisões escorreguem bem mais além do que o ano de 2016, que está na projeção atual do Piratini. Tarso não consegue compor o efetivo da Brigada hoje e, com a separação, deverá compor dois efetivos. Politicamente, no entanto, nesse campo, em grande parte, o Piratini conseguiu o que pretendia. Em minha torre, abri contagem regressiva até 2016.
Futuros coronéis
No próximo pacote de promoções na Brigada Militar estão listados, segundo observadores de minha torre, como preferenciais para serem elevados a coronéis, por merecimento, os tenentes-coronéis Rogério da Silva Alberche, Leonel da Silva Bueno, José Carlos Albino, Janete Consuelo Ferreira, Leandro Santini Santiago, Luiz Henrique de Oliveira, Andreis Sílvio Dal Lago e Ronaldo Buss. Por antiguidade, estão mais cotados Moises da Silva Fuchs e Elizeu Antônio Vedana. As indicações ainda deverão passar pelo crivo de Tarso Genro e podem sofrer algumas transversalidades.
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