Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

BOMBEIRO SOCORRE E SALVA BEBÊ PELO TELEFONE


SALVA POR UM FIO. Bombeiro socorre bebê por telefone. Sem tempo para atendimento, Junir orientou avó a recuperar criança de cinco dias engasgada - MARIELISE FERREIRA | ERECHIM, ZERO HORA 13/05/2011

Uma voz ao telefone salvou a vida de Aniele Eduarda da Rosa, de cinco dias, em Erechim. Ao pedir socorro pelo telefone de emergência ao Corpo de Bombeiros, Michele Correa, 19 anos, foi orientada por um bombeiro a fazer as manobras que salvariam a vida da filha.

O susto começou na noite de terça-feira, quando Michele amamentava a filha. O bebê se engasgou e parou de respirar.

– Ela ficou roxa, virou os olhinhos. Eu fiquei desesperada – conta a mãe.

A primeira lembrança da mãe foi ligar para o 193, número de emergência dos bombeiros. Quem atendeu foi o soldado Junir Scesny. Sem tempo, ele passou a orientar Michele por telefone, mas a mãe estava tão apavorada, que não conseguia ouvi-lo. Foi a avó, Maristela Schwingel, que pegou o telefone e foi repetindo para a filha as orientações do bombeiro.

– Ela voltou e desfaleceu por quatro vezes. Quando tentei a massagem que ele ensinou no estômago, o bebê respirou e chorou. Chorei junto porque achava que perderia – conta a avó.

“Um minuto pode ser vital” - Junir Scesny, Bombeiro

O bombeiro Junir Scesny, 25 anos, está há cinco anos na corporação de Erechim. Entre balões e a comemoração da mãe e da avó da pequena Aniele, ele conversou com Zero Hora.

ZH – A orientação por telefone foi essencial para salvar a vida do bebê?

Junir – Um minuto, até menos, pode ser vital na hora de um salvamento. O fato de avó ter ficado calma e ter seguido a orientação dada por telefone com certeza salvou a vida do bebê. Neste caso, em que ele parou de respirar, a ligação foi vital.

ZH – Este salvamento foi o mais marcante da sua carreira?

Junir – Para um bombeiro cada dia é um novo dia, cada oportunidade de salvar uma vida é uma dádiva, mas quando envolve crianças tão novinhas é muito marcante.



“Como ela está? Ela está roxinha? Me ouve. Põe a mão no peito dela e inverte ela no teu colo. Deixa a cabecinha dela um pouco mais baixa do que o corpo". JUNIR SCESNY, durante o atendimento por telefone a Aniele. Ouça o áudio completo da ligação.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Parabéns a todos. Ao bombeiro, tu és um herói. E tu, mamãe, és muito corajosa e amorosa, pois teve iniciativa, superação e calma para entender e aplicar as orientações diante do perigo e do desespero. Ambos salvaram uma vida querida.

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