Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PROTESTO DOS SALVA-VIDAS

WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL
Porto Alegre, Terça-feira, 13 de Dezembro de 2011.


As diárias com que são contemplados os brigadianos beiram o ridículo.

Nesta quinta-feira, dia 15, a partir das 9h, haverá um movimento para a doação de sangue em massa ao Hemocentro Partenon. PMs salva-vidas da Operação Golfinho e demais servidores de nível médio da Brigada Militar estarão reunidos num protesto solidário pela valorização dos salva-vidas.

A ASSTBM (Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar) promoverá esse movimento a fim de chamar a atenção da sociedade gaúcha para a situação degradante a que estão expostos esses PMs.

No mês de novembro, a entidade protocolou no Palácio Piratini um ofício solicitando aumento nos valores das diárias. Atualmente, o governo oferece ao brigadiano 57 reais para alimentação, hospedagem e demais despesas. Assim, a possibilidade de desistência dos salva-vidas da Operação Golfinho é iminente.

Outra questão é a necessidade de haver atendimento médico de urgência e ambulância à disposição nos treinamentos para um socorro imediato. A morte do soldado Rafael Pereira durante treinamento em Cidreira trouxe à tona um problema antigo que nenhum governo que passou pelo Piratini resolveu. Nesse protesto são esperados mais de 200 policiais militares, 50% do efetivo de salva-vidas, além de familiares e a sociedade em geral solidária à causa. Isso indica que no dia 16 de dezembro, data em que os servidores devem apresentar-se para as atividades da Operação Golfinho, existe a possibilidade dos brigadianos se recusarem a prestar este serviço nas praias, caso o governo não reajuste o valor das diárias de 57 reais para cem reais.

Há décadas os brigadianos vêm enfrentando situações precárias no litoral, mas sem nunca abrir mão da sua missão de salvar vidas, mesmo com o descaso do governo que os submete a condições desumanas durante todo o verão. Sigam-me

Tremor

A situação dos salva-vidas é emblemática, pois dá uma ideia perfeita sobre o que o atual governo e os anteriores entendem como prioridade na área da segurança pública. Não obstante as escorregadias explicações procedentes da política da transversalidade que verte do Piratini, é inquestionável que enquanto houver necessidade de tal tipo de reivindicação, a insegurança no Estado fará tremer, em primeiro plano, as próprias bases da segurança pública.

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