

Satélite ajuda a mensurar o vazamento. Imagens de radar recentemente captadas pelo Inpe contribuirão para avaliar a extensão do problema - ZERO HORA 20/11/2011
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) uniu forças com outros órgãos nacionais de apuração para ajudar a mensurar a dimensão do vazamento de óleo no litoral do Rio de Janeiro. Um conjunto de imagens do radar Asar, a bordo do Envisat, e do sensor Modis, dos satélites Aqua e Terra, foi entregue ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Ibama e à Petrobras. Técnicos analisam o material.
Há suspeitas de que a petroleira Chevron estivesse tentando indevidamente alcançar a camada pré-sal na Bacia de Campos e com isso tivesse havido a ruptura de alguma estrutura do poço perfurado, dando origem ao vazamento de petróleo que já dura mais de 12 dias.
De acordo com o diretor de Qualidade Ambiental do Ibama, Fernando da Costa Marques, o material está sendo avaliado por técnicos, mas ainda não há informações conclusivas. Marques explicou que as imagens captadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) já ajudam bastante a ter a dimensão do problema e que o novo documento não deve apresentar novidades.
Em nota, o chefe da Divisão de Geração de Imagens do Inpe, Ivan Barbosa disse que as imagens foram encaminhadas 30 minutos após serem gravadas por satélite e que “as informações são importantes para o contingenciamento do acidente”. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado do Ambiente informou que uma reunião está programada para segunda-feira entre o Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e Ibama.
ANP, Ibama e Marinha do Brasil formam o grupo que vem monitorando as medidas tomadas pela Chevron para conter o vazamento.
Entenda o caso
- No último dia 8, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi informada sobre o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. A área é explorada pela Chevron.
- Para conter o vazamento, a Chevron apresentou um plano de abandono do campo. O procedimento teve início e deve ser concluído nos próximos dias.
- A mancha causada pelo vazamento está diminuindo. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na sexta-feira estava com 18 quilômetros de extensão, em uma área de 11,8 quilômetros quadrados. Estimativa da ANP indica que a vazão média de óleo derramado seria entre 200 e 330 barris/dia, até 15 de novembro.
- ANP, Marinha e Ibama integram o grupo fiscalizará as ações da Chevron. A Polícia Federal investiga a informação de que a empresa teria feito uma perfuração irregular.
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