ZERO HORA 20 de agosto de 2013 | N° 17528
SANTA MARIA, 27/01/2013
Sócio da Kiss reaparece em público e assiste a audiência
TAIS SEIBT
Em sua primeira aparição pública desde que saiu da cadeia, em 29 de maio, Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da boate Kiss, participou da audiência realizada ontem na 2ª Vara do Júri, no Fórum Central, em Porto Alegre. Para evitar o contato com a imprensa, o sócio da Kiss usou uma saída de emergência do fórum.
Ao lado do advogado, Kiko acompanhou atentamente os depoimentos do cunhado e gerente da Kiss, Ricardo Pasche, e do estudante de Direito Ruan Martins, 19 anos. O interrogatório durou quase quatro horas. Durante todo o tempo, Kiko ficou em silêncio – só trocou poucas palavras com o advogado no fim da audiência.
As duas testemunhas foram ouvidos na Capital porque têm residência em Porto Alegre. Os depoimentos fazem parte do processo criminal que tramita na 1ª Vara Criminal de Santa Maria contra quatro réus que respondem por homicídio doloso. Além de Kiko, são acusados Mauro Hoffmann, também sócio da boate, Luciano Bonilha Leão, produtor da banda Gurizada Fandangueira, e Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista do grupo, que também assistiu à audiência na Capital na tarde de ontem.
O primeiro a depor foi Ruan, que esteve na Kiss na noite do incêndio. Ele respondeu a perguntas da Promotoria de Justiça e dos advogados das partes durante cerca de uma hora. O jovem reiterou que a boate estava superlotada e não tinha sinalização de emergência. Ele estava na parte superior da casa noturna e não viu o fogo começar, foi alertado por uma frequentadora sobre o que estava ocorrendo e desceu. O estudante ficou 13 dias internado e ainda faz tratamento pneumológico e neurológico.
– Eu espero que se faça justiça e que os donos da boate sejam presos, é o que eles merecem porque foram negligentes – disse Ruan.
O depoimento mais aguardado era o de Pasche. Considerado braço direito de Kiko, o gerente da Kiss chegou a ser indiciado pela Polícia Civil, mas o Ministério Público pediu o arquivamento porque não tinha poder de decisão na boate. Na maior parte do tempo, Kiko olhava para o cunhado enquanto Pasche respondia aos questionamentos. Por diversas vezes, ele mencionou que a Kiss era “a vida de Kiko”. O gerente afirmou que o cunhado dava a última palavra na boate e que Hoffmann era apenas um “sócio investidor”.
Pasche contradisse relatos de outras testemunhas em pontos como a lotação da boate na noite do incêndio, a liberação das saídas e a prestação de socorro (veja ao lado). O gerente disse que ele mesmo estava providenciando a renovação do alvará dos bombeiros.
– Em dezembro, procurei os bombeiros para cobrar a vistoria, falaram que estavam com o efetivo reduzido por causa da Operação Golfinho e que a Kiss estava na lista de espera.TAÍS SEIBT
SANTA MARIA, 27/01/2013
Sócio da Kiss reaparece em público e assiste a audiência
TAIS SEIBT
Em sua primeira aparição pública desde que saiu da cadeia, em 29 de maio, Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da boate Kiss, participou da audiência realizada ontem na 2ª Vara do Júri, no Fórum Central, em Porto Alegre. Para evitar o contato com a imprensa, o sócio da Kiss usou uma saída de emergência do fórum.
Ao lado do advogado, Kiko acompanhou atentamente os depoimentos do cunhado e gerente da Kiss, Ricardo Pasche, e do estudante de Direito Ruan Martins, 19 anos. O interrogatório durou quase quatro horas. Durante todo o tempo, Kiko ficou em silêncio – só trocou poucas palavras com o advogado no fim da audiência.
As duas testemunhas foram ouvidos na Capital porque têm residência em Porto Alegre. Os depoimentos fazem parte do processo criminal que tramita na 1ª Vara Criminal de Santa Maria contra quatro réus que respondem por homicídio doloso. Além de Kiko, são acusados Mauro Hoffmann, também sócio da boate, Luciano Bonilha Leão, produtor da banda Gurizada Fandangueira, e Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista do grupo, que também assistiu à audiência na Capital na tarde de ontem.
O primeiro a depor foi Ruan, que esteve na Kiss na noite do incêndio. Ele respondeu a perguntas da Promotoria de Justiça e dos advogados das partes durante cerca de uma hora. O jovem reiterou que a boate estava superlotada e não tinha sinalização de emergência. Ele estava na parte superior da casa noturna e não viu o fogo começar, foi alertado por uma frequentadora sobre o que estava ocorrendo e desceu. O estudante ficou 13 dias internado e ainda faz tratamento pneumológico e neurológico.
– Eu espero que se faça justiça e que os donos da boate sejam presos, é o que eles merecem porque foram negligentes – disse Ruan.
O depoimento mais aguardado era o de Pasche. Considerado braço direito de Kiko, o gerente da Kiss chegou a ser indiciado pela Polícia Civil, mas o Ministério Público pediu o arquivamento porque não tinha poder de decisão na boate. Na maior parte do tempo, Kiko olhava para o cunhado enquanto Pasche respondia aos questionamentos. Por diversas vezes, ele mencionou que a Kiss era “a vida de Kiko”. O gerente afirmou que o cunhado dava a última palavra na boate e que Hoffmann era apenas um “sócio investidor”.
Pasche contradisse relatos de outras testemunhas em pontos como a lotação da boate na noite do incêndio, a liberação das saídas e a prestação de socorro (veja ao lado). O gerente disse que ele mesmo estava providenciando a renovação do alvará dos bombeiros.
– Em dezembro, procurei os bombeiros para cobrar a vistoria, falaram que estavam com o efetivo reduzido por causa da Operação Golfinho e que a Kiss estava na lista de espera.TAÍS SEIBT
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