ZERO HORA 28 de junho de 2014 | N° 17843
CHEIAS NO INTERIOR .ÁGUA SEM PARAR
SAIR DE CASA foi a única solução para muitas famílias diante da chuva intensa, que inundou ruas,obstruiu pontes e bloqueou rodovias. Risco de subir nível do Rio Uruguai preocupa Fronteira Oeste
Os transtornos de uma das maiores enchentes registradas nos últimos 30 anos no norte e no noroeste do Estado se espalharam para outras regiões ontem, em mais um dia de chuva intensa. Além de problemas na Serra, pelo menos quatro municípios da Fronteira Oeste entraram em alerta devido à cheia no Rio Uruguai: São Borja, Itaqui, Uruguaiana e Barra do Quaraí, que já prepararam abrigos em ginásios ou escolas.
Ao todo, 4.675 pessoas tiveram de deixar suas casas até o começo da noite. As cidades com maior número de desabrigados e desalojados eram Iraí (1,3 mil), Porto Xavier (623) e Barra do Guarita (600), informou a Defesa Civil.
Com a previsão de novas precipitações para hoje, a perspectiva é de que o quadro se torne ainda mais delicado nos 52 municípios atingidos pela tormenta:
– Provavelmente, teremos em cidades como Iraí e Porto Xavier o aumento do nível do Rio Uruguai, o que traz o risco de as cidades que estão mais para baixo serem atingidas – alerta o geólogo e engenheiro João Manuel Trindade Silva, coordenador do monitoramento de rios da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.
GOVERNO FARÁ REUNIÃO COM CIDADES ATINGIDAS
Em Porto Mauá, no Noroeste, a preocupação era de que o nível do Rio Uruguai ultrapasse 21 metros. Caso isso ocorra, superará a marca da enchente de 1983, quando chegou a 20,7 metros. Naquele ano, a tormenta deixou mais de 17 mil desabrigados no Estado.
Por determinação do governador Tarso Genro, uma comitiva do governo se reunirá hoje pela manhã com representantes dos municípios em situação difícil. O secretário do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas do Estado, Jorge Branco, garantiu que os municípios atingidos pelas cheias estão sendo monitorados e receberão materiais como água potável e kits de higiene.
– Neste primeiro momento, o objetivo é preservar a vida, mas já iniciamos um levantamento dos prejuízos – explicou o secretário.
Além de deixar milhares fora de suas casas, a enchente também interrompe ligações rodoviárias e aquaviárias às margens do Uruguai (veja no quadro).
De acordo com o geólogo e professor da UFRGS Antonio Pedro Viero, as precipitações ocorridas na região da bacia do Uruguai em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul juntam-se à chuva registrada nas próprias cidades ribeirinhas, aumentando o nível do rio:
– O Rio Uruguai é o corpo hidro-receptor de uma área muito grande, que começa na Serra, no Rio Pelotas, no Rio Canoas, no Rio do Peixe e em outros rios de Santa Catarina – ressalta Viero.
CHEIAS NO INTERIOR .ÁGUA SEM PARAR
SAIR DE CASA foi a única solução para muitas famílias diante da chuva intensa, que inundou ruas,obstruiu pontes e bloqueou rodovias. Risco de subir nível do Rio Uruguai preocupa Fronteira Oeste
Os transtornos de uma das maiores enchentes registradas nos últimos 30 anos no norte e no noroeste do Estado se espalharam para outras regiões ontem, em mais um dia de chuva intensa. Além de problemas na Serra, pelo menos quatro municípios da Fronteira Oeste entraram em alerta devido à cheia no Rio Uruguai: São Borja, Itaqui, Uruguaiana e Barra do Quaraí, que já prepararam abrigos em ginásios ou escolas.
Ao todo, 4.675 pessoas tiveram de deixar suas casas até o começo da noite. As cidades com maior número de desabrigados e desalojados eram Iraí (1,3 mil), Porto Xavier (623) e Barra do Guarita (600), informou a Defesa Civil.
Com a previsão de novas precipitações para hoje, a perspectiva é de que o quadro se torne ainda mais delicado nos 52 municípios atingidos pela tormenta:
– Provavelmente, teremos em cidades como Iraí e Porto Xavier o aumento do nível do Rio Uruguai, o que traz o risco de as cidades que estão mais para baixo serem atingidas – alerta o geólogo e engenheiro João Manuel Trindade Silva, coordenador do monitoramento de rios da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.
GOVERNO FARÁ REUNIÃO COM CIDADES ATINGIDAS
Em Porto Mauá, no Noroeste, a preocupação era de que o nível do Rio Uruguai ultrapasse 21 metros. Caso isso ocorra, superará a marca da enchente de 1983, quando chegou a 20,7 metros. Naquele ano, a tormenta deixou mais de 17 mil desabrigados no Estado.
Por determinação do governador Tarso Genro, uma comitiva do governo se reunirá hoje pela manhã com representantes dos municípios em situação difícil. O secretário do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas do Estado, Jorge Branco, garantiu que os municípios atingidos pelas cheias estão sendo monitorados e receberão materiais como água potável e kits de higiene.
– Neste primeiro momento, o objetivo é preservar a vida, mas já iniciamos um levantamento dos prejuízos – explicou o secretário.
Além de deixar milhares fora de suas casas, a enchente também interrompe ligações rodoviárias e aquaviárias às margens do Uruguai (veja no quadro).
De acordo com o geólogo e professor da UFRGS Antonio Pedro Viero, as precipitações ocorridas na região da bacia do Uruguai em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul juntam-se à chuva registrada nas próprias cidades ribeirinhas, aumentando o nível do rio:
– O Rio Uruguai é o corpo hidro-receptor de uma área muito grande, que começa na Serra, no Rio Pelotas, no Rio Canoas, no Rio do Peixe e em outros rios de Santa Catarina – ressalta Viero.
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