SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI
Nem omissos, nem irresponsáveis. Os policiais militares que atuaram no dia da tragédia da Kiss foram heróis. Essa é a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) com quase 7 mil folhas que investigou a tragédia-mor da história gaúcha. Na investigação própria que fez sobre o incêndio da Kiss, a Brigada Militar manteve imaculada a porção da tropa que mais credibilidade tem junto à população: o Corpo de Bombeiros. Tirou conclusões muito diferentes das da Polícia Civil. Em março, o inquérito criminal feito por policiais civis recomendou que sete bombeiros fossem processados pela Justiça Militar por falhas na prestação de ajuda às vítimas e no combate ao incêndio na Kiss. Os policiais civis concluíram que esses militares teriam cometido homicídio culposo (por atos de negligência, imperícia e imprudência), ao não fazer tudo que poderiam e expor voluntários a risco.
Os voluntários ingressaram no local sem equipamento de segurança ou treinamento. Testemunhas dizem que pelo menos cinco pessoas que entraram para salvar os frequentadores da boate morreram, sufocadas pelos gases tóxicos emanados do fogo – embora o IPM tenha obtido provas da morte de apenas três desses socorristas improvisados. A Polícia Civil concluiu que muitos desses voluntários entraram num lugar onde só profissionais poderiam entrar, com máscara. E que alguns bombeiros fizeram outros assumirem um risco que deveria ser de pessoas treinadas, inclusive se negando a oferecer máscaras e equipamentos aos voluntários.
O IPM descartou culpa dos bombeiros nesses episódios. Conforme o major Emílio Barbosa Teixeira, assessor jurídico da investigação, muitos jovens socorristas burlaram a vigilância policial para entrar na Kiss:
– Estavam em uma situação de guerra. PMs ainda formaram um cordão de isolamento para impedir que muitos jovens entrassem, mas é difícil impedir que alguém tente salvar vidas.
Conforme o coronel Flávio da Silva Lopes, que chefiou o IPM, 12 bombeiros compareceram ao local e se dividiram em três tarefas: manusear os caminhões e equipamentos, combater o fogo e salvar pessoas.
– Se não tivessem ficado com a mangueira aspergindo água em spray e nem aberto buracos no teto e nos fundos da boate, muito mais pessoas teriam morrido. Ninguém teria conseguido entrar para fazer resgate. E vários bombeiros, inclusive um de folga, ajudaram nos resgates – pondera o coronel, ao justificar porque nenhum PM foi indiciado por omissão de socorro.
Nem omissos, nem irresponsáveis. Os policiais militares que atuaram no dia da tragédia da Kiss foram heróis. Essa é a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) com quase 7 mil folhas que investigou a tragédia-mor da história gaúcha. Na investigação própria que fez sobre o incêndio da Kiss, a Brigada Militar manteve imaculada a porção da tropa que mais credibilidade tem junto à população: o Corpo de Bombeiros. Tirou conclusões muito diferentes das da Polícia Civil. Em março, o inquérito criminal feito por policiais civis recomendou que sete bombeiros fossem processados pela Justiça Militar por falhas na prestação de ajuda às vítimas e no combate ao incêndio na Kiss. Os policiais civis concluíram que esses militares teriam cometido homicídio culposo (por atos de negligência, imperícia e imprudência), ao não fazer tudo que poderiam e expor voluntários a risco.
Os voluntários ingressaram no local sem equipamento de segurança ou treinamento. Testemunhas dizem que pelo menos cinco pessoas que entraram para salvar os frequentadores da boate morreram, sufocadas pelos gases tóxicos emanados do fogo – embora o IPM tenha obtido provas da morte de apenas três desses socorristas improvisados. A Polícia Civil concluiu que muitos desses voluntários entraram num lugar onde só profissionais poderiam entrar, com máscara. E que alguns bombeiros fizeram outros assumirem um risco que deveria ser de pessoas treinadas, inclusive se negando a oferecer máscaras e equipamentos aos voluntários.
O IPM descartou culpa dos bombeiros nesses episódios. Conforme o major Emílio Barbosa Teixeira, assessor jurídico da investigação, muitos jovens socorristas burlaram a vigilância policial para entrar na Kiss:
– Estavam em uma situação de guerra. PMs ainda formaram um cordão de isolamento para impedir que muitos jovens entrassem, mas é difícil impedir que alguém tente salvar vidas.
Conforme o coronel Flávio da Silva Lopes, que chefiou o IPM, 12 bombeiros compareceram ao local e se dividiram em três tarefas: manusear os caminhões e equipamentos, combater o fogo e salvar pessoas.
– Se não tivessem ficado com a mangueira aspergindo água em spray e nem aberto buracos no teto e nos fundos da boate, muito mais pessoas teriam morrido. Ninguém teria conseguido entrar para fazer resgate. E vários bombeiros, inclusive um de folga, ajudaram nos resgates – pondera o coronel, ao justificar porque nenhum PM foi indiciado por omissão de socorro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário