Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

BOMBEIROS ALERTAM PARA A FALTA DE ESTRUTURA PARA ADEQUAÇÃO À LEI

CORREIO DO POVO 12/12/2013 23:11

Conforme Abergs, 400 municípios gaúchos não têm presença da corporação



Corpo de Bombeiros de Carazinho
Crédito: Sereno Azevedo/CP Memória


A falta de infraestrutura e efetivo é o principal obstáculo para o Corpo de Bombeiro aplicar a nova lei de incêndio no Rio Grande do Sul. A afirmação é do coordenador-geral da Associação dos Bombeiros do Rio Grande do Sul (Abergs), Ubirajara Ramos. Ele destacou que a lei aprovada na Assembleia Legislativa é positiva porque concede mais poderes para os Bombeiros. No entanto, afirmou que existe déficit de 7,5 mil policiais no Rio Grande do Sul. “Quatrocentos municípios do Rio Grande do Sul não têm o serviço de Corpo de Bombeiros.”

O coordenador-geral citou que o Corpo de Bombeiros de Gramado é o responsável por ocorrências em Picada Café, São Francisco de Paula ou Nova Petrópolis. “Enquanto atendemos a uma chamada na cidade vizinha, a outra fica desguarnecida”, lamentou. Conforme Ramos, em Porto Alegre, atuam 320 bombeiros, enquanto o ideal seriam 1,5 mil. De acordo com o coordenador-geral da Abergs, os padrões internacionais de segurança preconizam que cidades com mais de 1,5 milhão de habitantes tenham um bombeiro para cada mil habitantes. Disse que a situação da corporação é mais grave no interior do Rio Grande do Sul. “A cidade de Passo Fundo é responsável hoje pelo atendimento de 120 municípios. É impossível trabalhar nessas condições”, acrescentou.

A nova legislação foi aprovada por unanimidade no Legislativo gaúcho devido à tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, que matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos no dia 27 de janeiro deste ano. A lei estabelece sanções como a aplicação de multas e embargo do estabelecimento para quem desrespeitar a lei. A matéria foi aprovada com 37 emendas.

O tenente-coronel Adriano Krukoski, comandante do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, ressaltou que a lei estadual aprovada nessa quarta-feira contra incêndios é adequada. Ele afirmou que as novas regras trarão grandes avanços, principalmente para os locais que recebem grande público. Krukoski adiantou que o projeto oferecerá prazo de até três anos para as adaptações necessárias às casas noturnas do Rio Grande do Sul.

Para o tenente-coronel, além de ser mais rígida, a nova legislação torna mais claras as competências de todos os envolvidos nos processos de fiscalização e de autorizações para funcionamento de diferentes empreendimentos no Rio Grande do Sul.



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