ZERO HORA 22 de outubro de 2013 | N° 17591
ARTIGOS
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Luiz Alcides Capoani*
É muito mais que uma lei, trata-se de um tributo a centenas de jovens que tiveram suas vidas abreviadas de forma estúpida.
É uma resposta contundente às famílias de Santa Maria, a tantos a quem os sonhos se foram e não voltam mais. Amigos, namorados, tantos que esperam que tenhamos atitudes que demonstrem que aquelas vidas valeram a pena e que tragédias podem ser minimizadas.
Foi preciso cautela e responsabilidade na hora de se apurarem os verdadeiros motivos que levaram àquele momento terrível, principalmente por parte dos profissionais da engenharia, que tiveram de abster-se de fazer juízos emocionais. Ao invés disso, adotaram uma postura mais racional, buscando analisar cada espaço daquele cenário e apresentar de maneira isenta o parecer técnico. Analisaram criticamente e com grande cuidado as causas e fatores que contribuíram para a tragédia, buscando identificar as lições a serem aprendidas e as ações necessárias para que pudéssemos modificar a realidade vigente.
Vimos a expectativa das famílias enlutadas e sabíamos que era hora de dar um basta àquele enorme espaço para incorreção judicial das ações ou omissões administrativas, leis, decretos e portarias que se sobrepõem o que permite que ninguém seja punido por tão grande dano.
Lembramos a parábola: “Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém tinham um grande trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria. Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez.
Era um trabalho de Todo Mundo. Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo.
Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito”.
Nós, do Crea-RS, julgamos que era o momento de fazer a diferença, buscar parcerias e construir um projeto de lei que fosse capaz de minimizar a perda estúpida de vidas. O projeto foi construído por representantes de todos os setores da sociedade, que assumiram a responsabilidade, foi amplamente discutido e está pronto. É sempre possível melhorá-lo, mas bem sabemos que o ótimo é inimigo do bom e permite que o ruim exista.
Agora, o que precisamos é do apoio, porque se trata de um projeto de todos e para todos, que está acima de ideologias e de governos. É para a sociedade e com a finalidade de minimizar riscos e salvar vidas, como a daqueles jovens que saíram para se divertir e não voltaram mais e a de tantos outros que terão marcas indeléveis para sempre em seus corpos e mentes.
Acreditamos que essa é a única forma de fazer jus à memória das vítimas do sinistro, a maneira de gerar algum bem, a partir da perda irreconciliável e traumática que entristeceu o Rio Grande, o Brasil e o mundo. Por isso, senhores deputados estaduais, aprovem urgentemente a lei que estabelece normas de segurança, prevenção e proteção contra incêndio para que novas tragédias como a de Santa Maria não venham a ocorrer nunca mais.
É muito mais que uma lei, trata-se de um tributo a centenas de jovens que tiveram suas vidas abreviadas de forma estúpida.
É uma resposta contundente às famílias de Santa Maria, a tantos a quem os sonhos se foram e não voltam mais. Amigos, namorados, tantos que esperam que tenhamos atitudes que demonstrem que aquelas vidas valeram a pena e que tragédias podem ser minimizadas.
Foi preciso cautela e responsabilidade na hora de se apurarem os verdadeiros motivos que levaram àquele momento terrível, principalmente por parte dos profissionais da engenharia, que tiveram de abster-se de fazer juízos emocionais. Ao invés disso, adotaram uma postura mais racional, buscando analisar cada espaço daquele cenário e apresentar de maneira isenta o parecer técnico. Analisaram criticamente e com grande cuidado as causas e fatores que contribuíram para a tragédia, buscando identificar as lições a serem aprendidas e as ações necessárias para que pudéssemos modificar a realidade vigente.
Vimos a expectativa das famílias enlutadas e sabíamos que era hora de dar um basta àquele enorme espaço para incorreção judicial das ações ou omissões administrativas, leis, decretos e portarias que se sobrepõem o que permite que ninguém seja punido por tão grande dano.
Lembramos a parábola: “Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém tinham um grande trabalho a ser feito e Todo Mundo tinha certeza de que Alguém o faria. Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez.
Era um trabalho de Todo Mundo. Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo.
Ao final, Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito”.
Nós, do Crea-RS, julgamos que era o momento de fazer a diferença, buscar parcerias e construir um projeto de lei que fosse capaz de minimizar a perda estúpida de vidas. O projeto foi construído por representantes de todos os setores da sociedade, que assumiram a responsabilidade, foi amplamente discutido e está pronto. É sempre possível melhorá-lo, mas bem sabemos que o ótimo é inimigo do bom e permite que o ruim exista.
Agora, o que precisamos é do apoio, porque se trata de um projeto de todos e para todos, que está acima de ideologias e de governos. É para a sociedade e com a finalidade de minimizar riscos e salvar vidas, como a daqueles jovens que saíram para se divertir e não voltaram mais e a de tantos outros que terão marcas indeléveis para sempre em seus corpos e mentes.
Acreditamos que essa é a única forma de fazer jus à memória das vítimas do sinistro, a maneira de gerar algum bem, a partir da perda irreconciliável e traumática que entristeceu o Rio Grande, o Brasil e o mundo. Por isso, senhores deputados estaduais, aprovem urgentemente a lei que estabelece normas de segurança, prevenção e proteção contra incêndio para que novas tragédias como a de Santa Maria não venham a ocorrer nunca mais.
*ENGENHEIRO, PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA (CREA-RS)
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