Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

COMANDANTE DO CORPO DE BOMBEIROS DO RIO PEDE QUE TROPA CONFIE NELE

Comandante dos bombeiros: 'Quero que a tropa confie em mim' - 06/06/2011 às 13h53m; Ana Claudia Costa e O Globo

RIO - O novo comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, Sérgio Simões, afirmou nesta segunda-feira que será o único interlocutor entre o governo e os bombeiros que há mais de um mês fazem protestos para reivindicar melhores condições salariais . Em entrevista ao RJ-TV 1ª edição, Simões pediu que a tropa confie nele e disse estar à disposição das lideranças dos manifestantes para negociar soluções à crise que se instalou na corporação, principalmente após a prisão de 439 militares que, na sexta-feira passada, tomaram o Quartel Central dos bombeiros , no Centro do Rio.

- Quero que a tropa confie em mim. Eu sou o comandante da corporação, eu vou levar as reivindicações da corporação. Meu gabinete está aberto. É preciso conversar - afirmou Simões.

O comandante, no entanto, condenou as manifestações de bombeiros de folga e parentes que se espalham por vários pontos do Rio nesta segunda-feira. Ele disse ainda que a população estaria apoiando as manifestações pela representatividade que a corporação sempre teve, e não necessariamente devido às reivindicações feitas nos protestos. Simões negou que o salário dos bombeiros do Rio seja o pior do país, como dizem os manifestantes. E afirmou que a corporação é bem equipada. Simões afirmou também que não pode mais intervir na libertação dos presos após a tomada do QG. Segundo ele, essa é uma decisão que cabe agora apenas à Justiça Militar:

- A competência é da Justiça Militar. Cada bombeiro vai apresentar seus argumentos. O governo não pode fazer essa interferência. É um rito na esfera da Justiça Militar.
Questionado no twitter oficial do Governo do Estado sobre a entrada no Bope no Quartel Central, ocupado pelos militares, na manhã de sábado, Simões respondeu que "eles são a polícia especializada para a retomada da ordem. Temos que considerar que dentro do Quartel Central do Corpo de Bombeiros havia, na madrugada de sábado, mais de mil pessoas se manifestando de forma agressiva. Chegou ao momento em que nós não tínhamos como prever o que poderia acontecer. Daí realmente a necessidade da tropa especializada, habituada a negociar, habituada a intervenções desse tipo".

O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) disse na manhã desta segunda-feira que vai propor aos deputados que tranquem a pauta de votações na Alerj. Com a medida, ele pretende pressionar o governo do estado a mudar sua posição em relação à crise com os bombeiros. Freixo acredita que mais de 20 deputados estejam mobilizados com sua proposta. E disse esperar que o governo faça um acordo com os manifestantes do Corpo de Bombeiros.

Depois de passarem a madrugada acampados em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) , os cerca de 150 bombeiros que continuam em protesto informaram que abandonaram provisoriamente a pauta de reivindicações por aumento de salários da categoria. O grupo agora está mobilizado pela libertação dos 439 bombeiros que estão presos em Niterói.

Enquanto isso, mulheres de bombeiros e servidores da saúde fazem um protesto em Campo Grande nesta segunda-feira. Há manifestações também na Penha e na Barra da Tijuca. Na noite deste domingo, um grupo de aproximadamente 50 bombeiros iniciou um ato na altura do vão central da Ponte Rio-Niterói.

O governador Sérgio Cabral, porém, evitou comentar a crise nesta segunda-feira. Pela manhã, ele disse que o assunto passa a ser tratado apenas por Sérgio Simões. Cabral participou da solenidade de assinatura do decreto que impõe ao poder pblico a promoção de ações para assegurar a igualdade de oporturnidade no mercado de trabalho para as populações negra e indígena.

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