KISS UM ANO
“Todas as denúncias são conferidas”
ENTREVISTA
EVILTOM PEREIRA DIAZ, comandante do Corpo de Bombeiros
Comandante do Corpo de Bombeiros desde 17 de dezembro, o coronel Eviltom Pereira Diaz,49 anos, admite que a demanda por prevenção cresce sem que o efetivo acompanhe. Leia trechos da entrevista que o oficial concedeu a ZH
Zero Hora – A fila para aprovação de PPCIs e emissão de alvará dos bombeiros aumenta a cada dia, mas o efetivo da corporação não acompanha esse crescimento. A Kiss ocupava o número 541 de uma fila de 1.036 estabelecimentos que aguardavam vistoria dos bombeiros. Qual a estratégia para que situações de risco não fiquem paradas nessa fila?
Eviltom Pereira Diaz – Uma das estratégias é redirecionar servidores, fazer forças-tarefas emergenciais. Mas isso é esporádico. Também readequar servidores, tirar de outros setores. Um exemplo é Santa Maria, onde tínhamos 14 servidores (na Seção de Prevenção a Incêndio, quando a Kiss queimou) e hoje temos 31. Tem também o uso de tecnologias, como o software (o SIG-PI). Uma mudança na lei também vai nos ajudar, que é a norma de que prédio de risco pequeno, que era inspecionado a cada dois anos, terá vistoria a cada três anos. Com isso, ganhamos um fôlego.
ZH – A estratégia de redirecionar servidores não faz com que falte em outros locais, já que o cobertor é curto?
Eviltom – É uma estratégia que não nos dá muita margem, até que recebamos os novos 400 homens (está prevista a abertura de concurso para esse número).
ZH – Com o pouco efetivo e recurso, qual sua prioridade para 2014?
Eviltom – São os prédios classificados como F6, que são boates, clubes, salões paroquiais, templos, igrejas, estabelecimentos de reunião de público, como a Kiss. Não existe estatística nacional oficial, mas temos estudos de integrantes da corporação: até o episódio da Kiss, os locais com maior número de vítimas fatais em incêndio eram, em primeiro lugar, indústria e comércio, em segundo, residenciais e em terceiro lugar, locais de reunião de público. A partir de 27 de janeiro de 2013, esses locais passaram para primeiro lugar. Então, temos dado mais atenção para esses locais.
ZH – Mais alguma estratégia de atuação para a prevenção de novas tragédias?
Eviltom – A prevenção está ganhando cada vez mais atenção. No passado, o bombeiro era só um apagador de incêndio. Hoje, nosso foco está na prevenção. Estamos dando atenção para as denúncias, todas estão sendo conferidas.
Comandante do Corpo de Bombeiros desde 17 de dezembro, o coronel Eviltom Pereira Diaz,49 anos, admite que a demanda por prevenção cresce sem que o efetivo acompanhe. Leia trechos da entrevista que o oficial concedeu a ZH
Zero Hora – A fila para aprovação de PPCIs e emissão de alvará dos bombeiros aumenta a cada dia, mas o efetivo da corporação não acompanha esse crescimento. A Kiss ocupava o número 541 de uma fila de 1.036 estabelecimentos que aguardavam vistoria dos bombeiros. Qual a estratégia para que situações de risco não fiquem paradas nessa fila?
Eviltom Pereira Diaz – Uma das estratégias é redirecionar servidores, fazer forças-tarefas emergenciais. Mas isso é esporádico. Também readequar servidores, tirar de outros setores. Um exemplo é Santa Maria, onde tínhamos 14 servidores (na Seção de Prevenção a Incêndio, quando a Kiss queimou) e hoje temos 31. Tem também o uso de tecnologias, como o software (o SIG-PI). Uma mudança na lei também vai nos ajudar, que é a norma de que prédio de risco pequeno, que era inspecionado a cada dois anos, terá vistoria a cada três anos. Com isso, ganhamos um fôlego.
ZH – A estratégia de redirecionar servidores não faz com que falte em outros locais, já que o cobertor é curto?
Eviltom – É uma estratégia que não nos dá muita margem, até que recebamos os novos 400 homens (está prevista a abertura de concurso para esse número).
ZH – Com o pouco efetivo e recurso, qual sua prioridade para 2014?
Eviltom – São os prédios classificados como F6, que são boates, clubes, salões paroquiais, templos, igrejas, estabelecimentos de reunião de público, como a Kiss. Não existe estatística nacional oficial, mas temos estudos de integrantes da corporação: até o episódio da Kiss, os locais com maior número de vítimas fatais em incêndio eram, em primeiro lugar, indústria e comércio, em segundo, residenciais e em terceiro lugar, locais de reunião de público. A partir de 27 de janeiro de 2013, esses locais passaram para primeiro lugar. Então, temos dado mais atenção para esses locais.
ZH – Mais alguma estratégia de atuação para a prevenção de novas tragédias?
Eviltom – A prevenção está ganhando cada vez mais atenção. No passado, o bombeiro era só um apagador de incêndio. Hoje, nosso foco está na prevenção. Estamos dando atenção para as denúncias, todas estão sendo conferidas.
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