Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

OS RISCOS DO VERÃO

ZERO HORA 03 de janeiro de 2014 | N° 17662


EDITORIAIS



Oelevado número de mortes por afogamento na virada do ano, em muitos casos envolvendo crianças e adolescentes, chama a atenção para a necessidade de mais atenção aos riscos oferecidos pelo verão, sempre potencializados pelas temperaturas recordes. O cenário que se repete anualmente foi apresentado na edição de ontem deste jornal, com mais um balanço trágico do feriadão no Estado. Foram 14 mortes por afogamento em apenas seis dias. É um número inaceitável, por mais que se considere o fato de que esse é um período de aumento da imprudência e dos acidentes. Iniciativas governamentais, de ONGs e entidades comunitárias, que têm procurado, pela divulgação de informações, evitar essas ocorrências, merecem ser copiadas e ampliadas, especialmente em áreas de atração de turistas com reduzido suporte de equipes de emergência.

É esse o caso de balneários de rios e açudes, onde raramente se registra a presença de salva-vidas e onde mais acontecem mortes. A desinformação também mata e, por mais que pareça óbvio, é pela repetição de alertas – como acontece em relação às estradas – que se orientam os jovens e se cria a consciência da responsabilidade entre os adultos. Não são poucos os casos fatais registrados neste e em anos anteriores em que as vítimas foram atraídas pela falsa sensação de segurança de córregos só aparentemente inofensivos. Banhos de mar ou em rios, arroios, açudes e piscinas implicam ameaças para as quais crianças e adolescentes precisam ser alertados desde cedo, e essa é uma missão que compete, em primeiro lugar, aos familiares. Campanhas de esclarecimento terão efeito reduzido se não forem acompanhadas por atitudes de bom senso.

É nesse contexto que a natural imprudência de crianças e adolescentes deve ter o contraponto da vigilância. Infelizmente, acidentes fatais, nessas circunstâncias, quase sempre resultam da negligência de quem deveria estar por perto. Respeitar a orientação dos órgãos ambientais e de segurança é tarefa das quais os pais, familiares e responsáveis por crianças e adolescentes não podem se eximir.

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