Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ENXURRADA EM MINAS

ÁGUAS DA DESTRUIÇÃO. Chuva volta a assustar Minas. Mau tempo dos últimos dias já deixa quatro mortos e faz com que 53 municípios decretem situação de emergência - ZERO HORA 04/01/2012

A força das chuvas nos primeiros dias de 2012 trouxe de volta ao Sudeste o fantasma das tragédias da enxurrada. Em Minas Gerais, 53 municípios estavam em situação de emergência até ontem à noite, com quatro pessoas mortas e uma desaparecida. Nova Friburgo (RJ), castigada por enchentes no início de 2011, teve fechada a rodovia que liga a cidade ao Rio por conta de um deslizamento.

Os primeiros dias do ano reviveram, nos dois Estados, dramas comuns nos verões. Na madrugada de ontem, a Rodoviária Municipal de Ouro Preto (MG) foi atingida por um deslizamento de terra e parte da estrutura desabou. Dois taxistas foram soterrados – um deles foi encontrado morto e, até ontem à noite, o outro seguia desaparecido. Em Belo Horizonte, um homem havia morrido soterrado na segunda-feira, quando um prédio desabou.

Até ontem à noite, havia 9.365 desalojados e 404 desabrigados em Minas Gerais. Pela manhã, um deslizamento na rodovia Belo Horizonte-Ouro Preto (BR-356) interrompeu a ligação entre a capital mineira e a cidade histórica. A chuva deve seguir até sexta-feira.

Em Nova Friburgo, o estado de alerta máximo foi reduzido ontem, com a perspectiva de tempo bom para os próximos dias. O governador do Rio, Sérgio Cabral, visitou a cidade, que teve 428 mortos nos temporais do ano passado, e foi cobrado pela falta de investimentos. Dos R$ 209 milhões prometidos após as chuvas de janeiro de 2011, nenhum real foi gasto. O governo fluminense alega não ter recebido recursos da União, e prometeu iniciar obras na região até a semana que vem.

A prefeitura da cidade também não gastou os R$ 3,7 milhões em doações recebidos em 2011. Ainda há, parados no caixa da prefeitura, R$ 2,4 milhões que poderiam ter sido usados, por exemplo, para construir as casas populares prometidas na época.

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