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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

VAZAMENTO DE ÓLEO EXPULSA BANHISTAS E ALARMA TÉCNICOS NO LITORAL DO RS


Acidente com óleo expulsa banhistas e alarma técnicos. Manobra que gerou vazamento a seis quilômetros da praia de Tramandaí preocupa ambientalistas - ANDRÉ MAGS, ZERO HORA 27/01/2012

Uma manobra desastrada de descarga de petróleo de um navio para uma monoboia da Transpetro, da Petrobras, causou vazamento para o mar na manhã de ontem em Tramandaí, espalhando uma mancha negra de um quilômetro quadrado, que chegou à praia durante a tarde. O derramamento levou a Brigada Militar a evacuar a orla devido ao risco para os banhistas.

O vazamento de petróleo pode ser um dos maiores registrados no Estado nos últimos 10 anos, conforme o superintendente regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Riograndense Moreira Junior.

– A praia de Tramandaí está bem impactada. Vai levar dias para limpar. O ideal é que não se use essa faixa de praia – alertou o técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Diego Hoffmeister.

O pior acidente até ontem nos últimos anos aconteceu em 2000, quando manchas de petróleo foram vistas à beira-mar entre Tramandaí e Cidreira. Na oportunidade, 18 mil litros de óleo poluíram o mar.

A quantidade exata de petróleo vazado ontem não era conhecida até a noite, mas o analista ambiental do Ibama que sobrevoou a área atingida, o biólogo Kuriakin Toscan, considerou que a quantidade era muito grande. A constatação faz crer que a operação para remover a totalidade do material da areia deve se estender por dias. Por enquanto, o veraneio está comprometido entre a plataforma de Tramandaí e a barra do Rio Tramandaí, em Imbé (3,5 quilômetros).

O defeito que causou o acidente ocorreu na ligação entre a mangueira da embarcação e a monoboia 602 da Transpetro, localizada a seis quilômetros da orla. O navio foi identificado pela BM como o petroleiro de bandeira grega Elka Aristotle, e estaria a serviço da Transpetro. Ele despejava o óleo na monoboia, que conduziria o produto até o terminal da empresa em Osório por uma tubulação.

Quando chegou à costa, às 17h, o piche se colou à areia e causou forte mau cheiro. As equipes da Transpetro usaram ferramentas, como enxadas, para tirar a substância do solo. Os danos ambientais não eram conhecidos ontem, porém certamente haverá impacto na vida marinha, de acordo com Toscan. Ele analisará a possibilidade de multa à empresa.

– É passível de autuação. Agora não se trabalha com essa perspectiva porque nosso foco é na limpeza, mas será avaliada – disse o biólogo.

Nota oficial - A Transpetro divulgou a seguinte nota sobre o fato:

“A Transpetro informa que na manhã desta quinta-feira, 26, foi detectado um vazamento de óleo na monoboia do Terminal de Osório, em Tramandaí (RS), durante operação de descarregamento de um navio. Imediatamente, equipes de contingência da Transpetro e o Centro de Defesa Ambiental (CDA) foram acionados para iniciar os trabalhos de contenção e remoção do produto. Os órgãos ambientais, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Capitania dos Portos foram comunicados. As causas do incidente estão sendo investigadas pela companhia. Ainda não foi possível quantificar o volume de óleo derramado.”

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