Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

TRÊS VEZES RENASCIDO DAS CINZAS


ZERO HORA 08 de julho de 2013 | N° 17485

NA HISTÓRIA

Incêndios marcam a trajetória de mercados públicos como os de Porto Alegre e Florianópolis


Estruturas imponentes no cenário de algumas cidades, os mercados públicos carregam consigo uma triste relação com o fogo. Ao longo dos 143 anos do Mercado Público de Porto Alegre, três grandes incêndios já haviam destruído as bancas. Sábado aconteceu pela quarta vez.

Após cada uma das ocorrências, mudanças foram realizadas para melhorar as condições de segurança, como a substituição da madeira usada nas estruturas por metal. No interior do Estado, o mercado de Pelotas, ponto turístico da cidade, foi destruído quase totalmente pelo fogo em 1969.

Pelo país, os incêndios se repetem. Neste ano, há pelo menos dois registros: em Sena Madureira (AC), com 20 boxes destruídos, e em Bom Jesus da Lapa (BA), com sete bancas atingidas.

A ocorrência recente de maior proporção foi em Florianópolis. Em 19 de agosto de 2005, 68 dos 129 boxes foram queimados. A ala norte foi fechada e reinaugurada em seis meses. Antes disso, em 1988, um vazamento de gás havia provocado um incêndio.

Depois do fogo, muitas mudanças foram realizadas no prédio localizado no centro da capital catarinense para evitar que ocorrências desse tipo se repetissem. A estrutura para suporte do telhado, que antes era de madeira, foi executada em aço galvanizado. Também foram instalados sprinklers (espécie de chuveiro automático), hidrantes com alarme, sinalização de abandono do local e para-raios.

Em 3 de janeiro deste ano, um incêndio consumiu o box número 44, na ala norte, que vendia calçados, mas o fogo foi controlado e não se espalhou pelo prédio.

Referência dos centros comerciais populares do país, o Mercado Modelo de Salvador contabiliza cinco grandes incêndios em um século de existência. As chamas destruíram as instalações em 1917, 1922, 1943, 1969 – considerado o incêndio mais grave, pois exigiu a demolição dos escombros e a construção de um novo prédio – e 1984, que resultou em uma ampla reforma antes da reinauguração.



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