Este Blog retratará o descaso com a Defesa Civil no Brasil; a falta de políticas específicas; o sucateamento dos Corpos de Bombeiros; os salários baixos; a legislação ambiental benevolente; a negligência na fiscalização; os desvios de donativos e recursos; os saques; a corrupção; a improbidade; o crime organizado e a inoperância dos instrumentos de prevenção, controle e contenção. Resta o sofrimento das comunidades atingidas, a solidariedade consciente e o heroísmo daqueles que arriscam a vida e suportam salários miseráveis e péssimas condições de trabalho no enfrentamento das calamidades e sinistros que assolam o povo brasileiro.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

PROBLEMA RECORRENTE

ZERO HORA 04 de janeiro de 2013 | N° 17302

CHUVA CAUSA MORTE E DESLIZAMENTOS NO RIO. Uma pessoa morreu e duas estariam desaparecidas em Duque de Caxias


A frente fria que chegou com força na madrugada de ontem ao Rio de Janeiro provocou chuvas intensas na Baixada Fluminense, na serra no sul do Estado. Uma pessoa morreu em Xerém, distrito de Duque de Caxias, onde o Rio Capivari subiu e alagou diversos bairros. Outras duas estariam desaparecidas.

Em Teresópolis, onde mais de 900 pessoas morreram em fevereiro de 2011 em razão de deslizamentos de terra, as sirenes foram acionadas em cinco comunidades com a subida do Rio Paquequer. Cinquenta pessoas ficaram desalojadas. Em Petrópolis, onde os rios Bingen e Piabanha transbordaram, também houve acionamento de sirenes para alertar a população. Foram registrados deslizamentos de terra e pedras nos bairros Independência, Siméria e São Sebastião. Em Angra dos Reis, oito casas desabaram e famílias ficaram desalojadas. Em dezembro de 2010, a cidade foi afetada por temporais e deslizamentos que mataram pelo menos 50 pessoas.

Também na região de Angra, Mangaratiba teve rolamento de pedras e um muro desabou, causando danos a uma casa. Em Mambucaba, há pelo menos cem desalojados.

Hoje, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), deve se reunir com o ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional, para discutir medidas emergenciais de combate aos estragos provocados pelas chuvas na Baixada Fluminense e na Região Serrana. Cabral determinou ainda a formação de um gabinete de crise no Centro Estadual de Gestão de Desastres (Cestad), na sede do Departamento Geral de Defesa Civil. Haverá representantes de seis secretarias (Defesa Civil, Saúde, Obras, Assistência Social, Educação e Meio Ambiente), além do Departamento de Recursos Minerais.


Pagodinho ajuda vítimas

Dono de um sítio em Xerém, o cantor e compositor Zeca Pagodinho passou o dia ajudando moradores que sofreram com a enchente. Embora viva em área nobre da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, o cantor estava no sítio desde o Réveillon.

A bordo de um quadriciclo, acompanhado da filha Elisa, ele percorreu várias ruas de Xerém. Também usou as redes sociais para pedir solidariedade. O cantor descreveu a situação na localidade de Hilarino de Souza. “Muitas famílias acabaram. Muita gente pobre, sofredora. Lá só tem um caminho, que está tomado de lixo. É um descaso. Isso dá nojo, nojo dos políticos”, desabafou.

Zeca contou que acordou com amigos salvando bichos no quintal.

“Juntei o que tinha em casa e fiz uma sopa”. O cantor relatou uma “sensação de impotência” diante do drama vivido pelos moradores. Em entrevista à TV Globo, emocionou-se ao comentar a devastação na região e disse nunca ter visto temporal de tamanha intensidade. Em 2001, o sambista gravou no sítio de Xerém o CD Quintal do Zeca, em que canta com os compositores de seus grandes sucessos.

Os prejuízos

- Mais de 3,7 mil desalojados ou desabrigados.

- Uma pessoa morta em Xerém, no distrito de Duque de Caxias, município mais afetado até ontem.

- Transbordamento de seis rios em Duque de Caxias, Petrópolis e Teresópolis.

- A BR-101 Sul, conhecida como Rio-Santos, foi interditada.

Fonte: Fonte: Secretaria de Estado de Defesa Civil e de prefeituras

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